quarta-feira, 7 de abril de 2010

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA








MATEMÁTICA




INTRODUÇÃO


O presente documento foi elaborado, como já colocado, a partir das Orientações Gerais para o Ensino


de Língua Portuguesa e de Matemática, publicadas pela Secretaria Municipal de Educação de SãoPaulo, com a intenção de subsidiar o ensino dos conteúdos mais relevantes a ser garantidos ao longo das quatro séries do Ciclo I do Ensino Fundamental.


Outro propósito importante deste documento é, com a indicação do que os alunos deverão,


progressivamente, aprender durante as quatro séries, provocar a reflexão e a discussão entre os professores.


Aprender e ensinar Matemática


Ao pensar os processos de ensino e de aprendizagem, é preciso considerar três variáveis fundamentais e as necessárias relações que se estabelecem entre elas: aluno, professor e conhecimento matemático. Na perspectiva aqui adotada, caberá ao professor ser o mediador entre o conhecimento matemático


e o aluno, e para isso ele precisará:


• pautar-se pela concepção do conhecimento matemático como ciência viva, aberta à incorporação de novos conhecimentos;


• conhecer os conceitos e procedimentos que se pretende ensinar;


• conhecer os procedimentos da didática da Matemática, que transforma o conhecimento matemático formalizado em conhecimento escolar que pode ser compreendido pelo aluno. É preciso considerar os obstáculos envolvidos na construção dos conceitos matemáticos para que se possa compreender como acontece sua aprendizagem pelos alunos.


Sabemos que os obstáculos não estão presentes somente na complexidade dos conteúdos, mas são


determinados também pelas características cognitivas, sociais e culturais de quem aprende.


A contextualização dos conhecimentos ajuda os alunos a torná-los mais significativos estabelecendo relações com suas vivências cotidianas e atribuindo-lhes sentido. Porém, é preciso também promover a sua descontextualização, garantindo que possam observar regularidades, generalizar e transferir tais conhecimentos a outros contextos, pois um conhecimento só torna-se pleno quando pode ser aplicado em situações diferentes daquelas que lhe deram origem.


O estabelecimento de conexões é fundamental para que os alunos compreendam os conteúdos


matemáticos e contribui para o desenvolvimento da capacidade de resolver problemas. Se, nas relações entre professor, aluno e conhecimento matemático, o professor é um mediador, organizador e consultor, cabe ao aluno o papel de agente da construção do conhecimento.


Essa concepção se contrapõe à idéia de que o que cabe ao professor é transmitir os conteúdos por


meio de explicações, exemplos e demonstrações seguidas de exercícios de fixação. Por outro lado, acentua a idéia de que o aluno é agente da construção de seu conhecimento quando, numa situação de resolução de problemas, ele é estimulado a estabelecer conexões entre os conhecimentos já construídos e os que precisa aprender.


Também é importante observar que acontece aprendizagem na interação entre alunos. A cooperação


entre pares, na busca de soluções, e o esforço em explicitar o pensamento e compreender o do outro favorecem a reestruturação e ampliação do próprio pensamento.






OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO DE MATEMÁTICA NO CICLO I






O ensino de Matemática nas quatro primeiras séries da escolaridade deve garantir que, no decorrer do Ciclo I, os alunos se tornem capazes de:


• Compreender que os conhecimentos matemáticos são meios para entender a realidade.


• Utilizar os conhecimentos matemáticos para investigar e responder a questões elaboradas a partir de sua própria curiosidade.


• Observar aspectos quantitativos e qualitativos presentes em diferentes situações e estabelecer


relações entre eles, utilizando conhecimentos relacionados aos números, às operações, às medidas, ao espaço e às formas, ao tratamento das informações.


• Resolver situações-problema, a partir da interpretação de enunciados orais e escritos, desenvolvendo procedimentos para planejar, executar e checar soluções (formular hipóteses, fazer tentativas ou simulações), para comunicar resultados e compará-los com outros, validando ou não os procedimentos e as soluções encontradas.


• Comunicar-se matematicamente apresentando resultados precisos e argumentar sobre suas hipóteses, fazendo uso da linguagem oral e de representações matemáticas e estabelecendo relações entre elas.


• Sentir-se seguro para construir conhecimentos matemáticos, incentivando sempre os alunos na busca de soluções.


• Interagir com seus pares de forma cooperativa na busca de soluções para situações-problema, respeitando seus modos de pensar e aprendendo com eles.






EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM


Os alunos, ao final da 1ª série do Ciclo I, deverão ser capazes de:






CONTEÚDOS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM


Números • Utilizar números para expressar quantidades de elementos de uma coleção e para expressar a ordem numa seqüência;


• Utilizar diferentes estratégias para quantificar elementos de uma coleção: contagem, formar pares, estimativa e correspondência de agrupamentos;


• Organizar agrupamentos para facilitar a contagem e a comparação entre coleções;


• Contar em escalas ascendentes e descendentes de um em um, de dois em dois, de cinco em cinco, de dez em dez etc.;


• Reconhecer grandezas numéricas pela identificação da quantidade de algarismos e da posição ocupada por eles na escrita numérica;


• Produzir escritas numéricas identificando regularidades e regras do sistema de numeração decimal;


• Ler, escrever, comparar e ordenar números pela compreensão das características do sistema de numeração;


• Contar em escalas ascendentes e descendentes a partir de qualquer número dado.


Operações • Interpretar e resolver situações-problema, compreendendo significados da adição;


• Construir fatos básicos da adição a partir de situações-problema para a constituição de um repertório a ser utilizado no cálculo;


• Utilizar a decomposição das escritas numéricas para a realização de cálculos que envolvem a adição;


• Interpretar, resolver e formular situações-problema, compreendendo os significados da subtração;


• Construir fatos básicos da subtração a partir de situações-problema para constituição de um repertório a ser utilizado no cálculo;


• Utilizar a decomposição das escritas numéricas para a realização de cálculos que envolvem a subtração;


• Resolver situações-problema, compreendendo os significados da multiplicação e da divisão, utilizando estratégias pessoais.


Espaço e forma • Localizar pessoas ou objetos no espaço, com base em diferentes pontos de referência e também em indicações de posição;


• Identificar a movimentação de pessoas ou objetos no espaço, com base em diferentes


pontos de referência e também em indicações de direção e sentido;


• Observar e reconhecer figuras geométricas tridimensionais presentes em elementos naturais e nos objetos criados pelo homem e identificar algumas de suas características.






Grandezas e medidas


• Identificar unidades de tempo – dia, semana, mês, bimestre, semestre e ano – e utilização de calendários;


• Comparar grandezas de mesma natureza por meio do uso de instrumentos de medida conhecidos – fita métrica, balança, recipientes de um litro etc.


Tratamento da informação


• Coletar e organizar informações por meio de registros pessoais (idade, números de irmãos, meses de nascimento, esportes preferidos etc.).






Os alunos, ao final da 2ª série do Ciclo I, deverão ser capazes de:


CONTEÚDOS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM






Números • Ler, escrever, comparar e ordenar números pela compreensão das características do sistema de numeração;


• Contar em escalas ascendentes e descendentes a partir de qualquer número dado.


Operações • Interpretar e resolver situações-problema envolvendo adição e subtração;


• Utilizar a decomposição das escritas numéricas para a realização do cálculo mental


e exato das adições;


• Calcular a soma de números naturais utilizando técnica convencional ou não;


• Utilizar estimativas para avaliar a adequação do resultado de uma adição;


• Utilizar a decomposição das escritas numéricas para a realização do cálculo mental e exato das subtrações;


• Calcular a subtração entre dois números naturais utilizando técnica convencional ou não;


• Utilizar estimativas para avaliar a adequação do resultado de uma subtração;


• Interpretar e resolver situações-problema, compreendendo os significados da multiplicação utilizando estratégias pessoais;


• Calcular resultados de multiplicação por meio de estratégias pessoais;


• Construir fatos básicos da multiplicação (por 2, por 3, por 4, por 5) a partir de situações-problema para a constituição de um repertório a ser utilizado no cálculo;


• Interpretar e resolver situações-problema, compreendendo os significados da divisão e utilizando estratégias pessoais.


Espaço e forma • Representar a localização de um objeto ou pessoa no espaço pela análise de maquetes, esboços e croquis;


• Representar a movimentação de um objeto ou pessoa no espaço por meio de esboços e croquis que mostrem trajetos;


• Diferenciar figuras tridimensionais das figuras bidimensionais;


• Perceber semelhanças e diferenças entre cubos e quadrados, paralelepípedos e retângulos;


• Perceber semelhanças e diferenças entre pirâmides e triângulos, esferas e círculos.


Grandezas e medidas


• Reconhecer cédulas e moedas que circulam no Brasil e realizar possíveis trocas entre cédulas e moedas em função de seus valores;


• Estabelecer relação entre unidades de tempo – dia, semana, mês, bimestre, semestre e ano e fazer leitura de horas;


• Produzir escritas que representem o resultado de uma medição, comunicando o resultado por meio de seus elementos constitutivos.


Tratamento da informação


• Ler e interpretar tabelas simples;


• Ler e compreender gráficos de coluna.






Os alunos, ao final da 3ª série do Ciclo I, deverão ser capazes de:


CONTEÚDOS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM






Números • Contar em escalas ascendentes e descendentes a partir de qualquer número natural dado;


• Reconhecer números naturais e números racionais no contexto diário;


• Ler números racionais de uso freqüente na representação fracionária e decimal;


• Reconhecer as regras do sistema de numeração decimal.


Operações • Interpretar e resolver situações-problema compreendendo diferentes significados das operações envolvendo números naturais;


• Construir fatos básicos da multiplicação (por 6, por 7, por 8, por 9) a partir de situações-problema para a constituição de um repertório a ser utilizado no cálculo;


• Utilizar a decomposição das escritas numéricas para a realização de cálculos que envolvem a multiplicação;


• Utilizar a decomposição das escritas numéricas para a realização de cálculos que envolvem a divisão;


• Calcular o resultado de operações com os números naturais por meio de estratégias pessoais e pelo uso de técnicas operatórias convencionais.


Espaço e forma • Interpretar no plano a posição de uma pessoa ou objeto;


• Representar no plano a movimentação de uma pessoa ou objeto;


• Reconhecer semelhanças e diferenças entre corpos redondos (esfera, cone e cilindro);


• Reconhecer semelhanças e diferenças entre poliedros (prismas e pirâmides) e identificar elementos como faces, vértices e arestas;


• Explorar planificações de figuras tridimensionais;


• Identificar figuras poligonais e circulares nas superfícies planas das figuras tridimensionais.


Grandezas e medidas


• Reconhecer as unidades usuais de medida (metro, centímetro, quilômetro, grama, miligrama, quilograma, litro e mililitro);


• Utilizar em situações-problema unidades usuais de medida (metro, centímetro, quilômetro, grama, miligrama, quilograma, litro e mililitro);


• Utilizar unidades usuais de temperatura em situações-problema;


• Utilizar medidas de tempo (dias e semanas, horas e dias, semanas e meses);


• Utilizar o sistema monetário brasileiro em situações-problema;


• Estabelecer relações entre unidades usuais de medida de uma mesma grandeza (metro e centímetro, metro e quilômetro, litro e mililitro, grama e quilograma);


• Calcular o perímetro e a área de figuras planas.


Tratamento da informação


• Resolver situações-problema com dados apresentados de maneira organizada por meio de tabelas simples e gráficos de colunas;


• Interpretar gráficos e tabelas com base em informações contidas em textos jornalísticos, científicos ou outros.






Os alunos, ao final da 4ª série do Ciclo I, deverão ser capazes de:


CONTEÚDOS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM





 Números • Compreender e utilizar as regras do sistema de numeração decimal;


• Reconhecer e representar números racionais;


• Explorar diferentes significados das frações em situações-problema: parte-todo, quociente e razão;


• Escrever e comparar números racionais de uso freqüente nas representações fracionária e decimal;


• Identificar e produzir frações equivalentes.


Operações • Compreender diferentes significados das operações envolvendo números naturais;


• Resolver adições e subtrações com números naturais por meio de estratégias pessoais e do uso de técnicas operatórias convencionais;


• Resolver multiplicações e divisões com números naturais por meio de estratégias pessoais e do uso de técnicas operatórias convencionais;


• Compreender diferentes significados da adição e subtração envolvendo números racionais escritos na forma decimal;


• Resolver operações de adição e subtração de números racionais na forma decimal por meio de estratégias pessoais e pelo uso de técnicas operatórias convencionais;


• Resolver problemas que envolvem o uso da porcentagem no contexto diário, como 10%, 20%, 25%, 50%.


Espaço e forma • Interpretar e representar a posição ou a movimentação de uma pessoa ou objeto no espaço e construir itinerários;


• Reconhecer semelhanças e diferenças entre poliedros;


• Identificar elementos como faces, vértices e arestas de poliedros;


• Identificar semelhanças e diferenças entre polígonos, usando critérios como número de lados, número de ângulos, eixos de simetria e rigidez;


• Compor e decompor figuras planas;


• Ampliar e reduzir figuras planas.


Grandezas e medidas


• Utilizar unidades usuais de tempo e temperatura em situações-problema;


• Utilizar o sistema monetário brasileiro em situações-problema;


• Utilizar unidades usuais de comprimento, massa e capacidade em situaçõesproblema;


• Calcular o perímetro de figuras;


• Calcular a área de retângulos ou quadrados;


• Utilizar medidas como cm², m², km² e alqueire.


Tratamento da informação


• Resolver problemas com dados apresentados de maneira organizada por meio de tabelas simples, gráficos de colunas, tabelas de dupla entrada e gráficos de barras;


• Ler informações apresentadas de maneira organizada por meio de gráficos de linha e de setor;


• Construir gráficos e tabelas com base em informações contidas em textos jornalísticos, científicos ou outros;


• Identificar as possíveis maneiras de combinar elementos de uma coleção e de contabilizá-las por meio de estratégias pessoais;


• Utilizar a noção de probabilidade em situações-problema simples.






ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA O ENSINO DE MATEMATICA






As orientações que seguem têm como objetivo contribuir no planejamento de situações didáticas que


favoreçam a concretização das expectativas de aprendizagem apontadas neste documento.


Números, Sistema de Numeração e Operações


• Rodas de contagem que estimulem os alunos a buscar estratégias que facilitem a identificação de quantidades.


• Formar coleções com diferentes objetos, como adesivos, lacres de alumínio, miniaturas, bolinhas de gude e figurinhas, contribui de forma significativa para que os alunos contem todos os elementos, mantendo a ordem ao enunciar os nomes dos números e observando que o último número corresponde ao total de objetos da coleção.


• Situações envolvendo números para que os alunos possam identificar a função que eles desempenham naquele contexto: números para quantificar, números para ordenar, entre outros.


• Construção de fichas de identificação de cada aluno contendo números que indicam diferentes aspectos; por exemplo, idade, peso, altura, número de pessoas que moram na mesma casa, datas de nascimentos, número de animais que possui, entre outros. Proporcionar um espaço onde as crianças possam trocar as fichas e ler e interpretar as informações numéricas.


• Atividades de comparação de quantidades entre duas coleções, verificando se possuem o


mesmo número de elementos ou se possuem mais ou menos, utilizando para isso diferentes estratégias: correspondência um a um e estimativas.


• Situar pessoas ou objetos numa lista ordenada; por exemplo, ordenar uma seqüência de fatos, identificar a posição de um jogador numa situação de jogo.


• Jogos de trilha para indicar avanços e recuos numa pista numerada. Jogos de trocas para estabelecer equivalência entre valores de moedas e cédulas.


• Construção e análise de cartazes e quadros numéricos que favoreçam a identificação da


seqüência numérica, como, por exemplo, o calendário.


• Elaboração de cartazes com números recortados de jornais e revistas para que os alunos possam comparar e ordenar números.


• Registro e observação dos números das ruas: onde a numeração começa, onde termina, se a


numeração de um lado é igual à do outro; como se dá a numeração entre uma casa e outra, se ela é ou não seqüencial; levantamento do número da casa dos alunos.


• Atividades para compreender que os números podem ser utilizados em diferentes contextos, como, por exemplo:


Complete o texto utilizando números que mais se adequarem ao contexto.


“No dia ____ do mês ____________ do ano _______começou o campeonato esportivo


da nossa escola. Foram____ dias de campeonato com ___ modalidades esportivas.


Participaram do evento ____ equipes masculinas e ____equipes femininas. Os ____


alunos da nossa turma fizeram bonito no campeonato: o grupo dos meninos ganhou ___


jogos e o grupo das meninas ganhou ___ jogos. O encerramento do campeonato foi uma


festa linda, aberta para os pais e para a comunidade, da qual participaram


mais de ____ pessoas.”


• Atividades que façam uso de cédulas e moedas, ábaco e calculadoras.






Atividades de Cálculo


• Uso da calculadora em situações de cálculo; por exemplo:


Pedir aos alunos que digitem um número. Em seguida, perguntar como se pode, a partir


dele, obter o número 80, usando a calculadora.


• Identificação de resultados de cálculos usando estimativas:


“Assinale a resposta que indica o intervalo em que se encontra o resultado da soma


entre 750 e 230.


a) entre 1000 e 1100


b) entre 900 e 1000


c) entre 800 e 900’’


• Análise de situações de cálculo para identificar a operação realizada e testar hipóteses usando


a calculadora; por exemplo:


“Os números envolvidos no cálculo são 250 e 5, o resultado obtido é 1250, a operação


realizada é:____________”


• Atividades para introduzir o estudo dos números racionais a partir de situações em que os


números naturais não conseguem exprimir a medida de uma grandeza ou o resultado de uma divisão. Exemplo:


“Distribuir 5 chocolates, igualmente, para 4 crianças. Registre a representação numérica


que caberá a cada criança.”


• Utilização da calculadora para construir representações de números racionais na forma decimal;


por exemplo:


“Digite o número 1 na calculadora, divida por 2 e anote o resultado obtido. Divida novamente


por 2 e anote o resultado obtido. Faça este mesmo procedimento novamente e anote o resultado. O que você observou fazendo esta atividade?”


Geometria


• Jogos e brincadeiras em que seja necessário situar-se ou se deslocar no espaço, recebendo


e dando instruções, usando vocabulário de posição. Exemplos: Jogos de Circuito, Caça ao Tesouro, Batalha Naval.


• Relatos de trajetos e construções de itinerários de percursos conhecidos ou a partir de instruções


dadas oralmente e por escrito.


• Construções de maquetes e plantas da sala de aula e de outros espaços, identificando semelhanças


e diferenças entre uma maquete e uma planta.


• Análise de fotografias de lugares ou de percursos conhecidos para descrever como é o lugar


ou o percurso e a posição em que se encontra quem tirou a foto.


• Desenhar o percurso de casa à escola e propor que os alunos troquem e comparem seus desenhos


e façam a leitura do percurso dos colegas.


• Leitura de guias de ruas, mapas e croquis fazendo uso das referências de localização.


• Organização de exposições com desenhos e fotos de formas encontradas na natureza ou


produzidas pelo homem, como folhas, flores, frutas, pedras, árvores e animais marinhos e de objetos criados pelo homem, para que os alunos possam perceber suas formas.


• Modelagem de objetos em massa, sabão e sabonete reproduzindo formas geométricas. Organizar


exposições com os objetos construídos.


• Jogos para adivinhar um determinado objeto referindo-se apenas ao formato do mesmo.


• Construções de dobraduras e quebra-cabeças para criar mosaicos com formas geométricas


planas e observar simetrias.


• Classificação de sólidos geométricos a partir de critérios como superfícies arredondadas, superfícies


planas e vértices, entre outros.


• Montagem e desmontagem de caixas com formatos diferentes para observar a planificação de


alguns sólidos geométricos.


• Atividades de dobradura para identificar eixos de simetria e retas paralelas.


Medidas


• Experimentos que levem os alunos a utilizar as grandezas físicas, identificar atributos a ser


medidos e interpretar o significado da medida.


• Atividades de medida utilizando partes do corpo e instrumentos do dia-a-dia: fita métrica, régua,


balança, recipiente de um litro, que permitam desenvolver estimativas e cálculos envolvendo as medidas.


• Atividades que explorem padrões de medidas não convencionais; por exemplo, medir o comprimento


da sala com passos.


• Observação de embalagens para identificar grandezas e suas respectivas unidades de medida.


• Elaborar livros de receitas de culinária, de massas de modelar, de tintas, de sabonetes, de


perfumes etc. (ampliar e reduzir receitas).


• Converter medidas não padronizadas no dia-a-dia em medidas padrão; por exemplo:


“1 xícara de açúcar equivale a ____ gramas;


1 xícara de farinha de trigo equivale a ____ gramas”.


• Atividades que permitam fazer marcações do tempo e identificar rotinas: manhã, tarde e noite;


ontem, hoje e amanhã; dia, semana, mês e ano; hora, minuto e segundo.


• Construção da linha do tempo para contar a sua própria história ou a história de vida de alguém


conhecido ou da própria família.


• Organização de exposição com instrumentos usados para medir: balanças, fitas métricas, relógios


de ponteiro e digital, ampulhetas, cronômetros.


• Atividades de empacotamento para observação de formatos e tamanhos de caixas, saquinhos


de supermercados, diferentes saquinhos de papel (embalagem para pipoca, pão, cachorroquente), entre outras.


• Análise de situações apresentadas em folhetos de supermercado para identificar ofertas enganosas,


situações que acarretam prejuízo e que apresentam vantagens.


• Comparação entre dimensões reais e as de uma representação em escala, percebendo que


muitos objetos não podem ser representados em suas reais dimensões, como, por exemplo, um carro, uma caminhão, uma casa.


9• Atividades para explorar as noções de perímetro e de área a partir de situações-problema que


permitam obter a área por decomposição e por composição de figuras, usando recortes e sobreposição de figuras, entre outras.


• Comparar figuras que tenham perímetros iguais e áreas diferentes, ou que tenham perímetros


diferentes, mas áreas iguais.


Tratamento da Informação


• Leitura e discussão sobre dados relacionados à saúde, educação, cultura, lazer, alimentação,


meteorologia e pesquisa de opinião, entre outros, organizados em tabelas e gráficos (barra, setores, linhas e pictóricos) que aparecem em jornais, revistas, rádio, TV e internet.


• Organização de pesquisas relacionadas a assuntos diversos: desenvolvimento físico, aniversário


dos alunos, programas de TV preferidos e animais de que mais gostam, entre outros.


• Preparação e simulação de um jornal ou de reportagens feitas pelos alunos, comunicando


através de tabelas ou gráficos o assunto pesquisado por eles.


• Resolução de situações-problema simples que ajudem os alunos a formular previsões a respeito


do sucesso ou não de um evento; por exemplo, um jogo envolvendo números pares ou ímpares, o lançamento de um dado etc.







http://www.derbp.com.br/oficina_pedagogica_alfabetizacao.htm






EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM -LINGUA PORTUGUESA







INTRODUÇÃO






Este documento se organiza em torno de um objetivo central: subsidiar todos os envolvidos no


processo de ensino da Língua Portuguesa (Leitura, Escrita e Comunicação Oral) para sistematizar os conteúdos de ensino mais relevantes a ser garantidos ao longo das quatro séries do Ciclo I do Ensino Fundamental. Outro propósito importante deste documento é contribuir para a reflexão e discussão dos professores com a indicação do que os alunos deverão aprender, progressivamente, durante as quatro séries do Ciclo I.


A definição do que os alunos precisam aprender a cada série, por sua vez, possibilita estabelecer com mais clareza e intencionalidade o que deverá ser ensinado.






Modelo de ensino e aprendizagem






A concepção de aprendizagem que embasa este documento pressupõe que o conhecimento não é concebido como uma cópia do real e assimilado pela relação direta do sujeito com os objetos de conhecimento, mas como produto de uma atividade mental por parte de quem aprende, que organiza e


integra informações e novos conhecimentos aos já existentes, construindo relações entre eles.


O modelo de ensino relacionado a essa concepção de aprendizagem é o da resolução de problemas, que compreende situações em que o aluno, no esforço de realizar a tarefa proposta, precisa pôr em jogo o que sabe para aprender o que não sabe. Neste modelo, o trabalho pedagógico promove a articulação entre a ação do aprendiz, a especificidade de cada conteúdo a ser aprendido e a intervenção didática.






Concepção de alfabetização






O objetivo maior — possibilitar que todos os nossos alunos se tornem leitores e escritores competentes


— nos compromete com a construção de uma escola inclusiva, que promove a aprendizagem dos alunos das camadas mais pobres da população. A condição socioeconômica não pode mais ser encarada pela escola pública como um obstáculo instransponível que, assim, perversamente reproduz


a desigualdade.


É fato que, atualmente, as famílias que compõem a comunidade escolar da rede pública, em sua maioria, não tiveram acesso à cultura escrita. Isso não apenas torna mais complexa a tarefa da escola de ensinar seus filhos a ler e escrever, como também faz dela um dos poucos espaços sociais em que se pode intervir na busca da eqüidade para promover a igualdade de direitos de cidadania. E saber ler e escrever é um direito fundamental do cidadão.


A escola precisa criar o ambiente e propor as situações de práticas sociais de uso da escrita aos quais os alunos não têm acesso para que possam interagir intensamente com textos dos mais variados gêneros, identificar e refletir sobre os seus diferentes usos sociais, produzir textos e, assim, construir as capacidades que lhes permitam participar das situações sociais pautadas pela cultura escrita.


Ler e escrever não se resume a juntar letras, nem a decifrar códigos; a língua não é um código: é um complexo sistema que representa uma identidade cultural. É preciso saber ler e escrever para interagir com essa cultura com autonomia, inclusive para modificá-la, do lugar de quem enuncia, e não


apenas consome.


Ao eleger o que e como ensinar é fundamental levar em consideração esses fatos, não mais para justificar fracassos, mas para criar as condições necessárias para garantir a conquista e a consolidação da aprendizagem da leitura e da escrita de todos os nossos alunos.


Assim, este documento parte do pressuposto de que a alfabetização é a aprendizagem do sistema de escrita e da linguagem escrita em seus diversos usos sociais porque consideramos imprescindível a aprendizagem simultânea dessas duas dimensões. A língua é um sistema discursivo que se organiza no uso e para o uso escrito e falado, sempre de maneira contextualizada. No entanto, uma condição básica para ler e escrever com autonomia é a apropriação


do sistema de escrita, que envolve, da parte dos alunos, aprendizagens muito específicas.


Entre elas, o conhecimento do alfabeto, a forma gráfica das letras, seus nomes e seu valor sonoro. Tanto os saberes sobre o sistema de escrita como aqueles sobre a linguagem escrita devem ser ensinados e sistematizados. Não basta colocar os alunos em frente aos textos para que conheçam


o sistema de escrita alfabético e seu funcionamento ou para que aprendam a linguagem escrita. É


preciso planejar uma diversidade de situações em que possam, em diferentes momentos, centrar


seus esforços ora na aprendizagem do sistema, ora na aprendizagem da linguagem que se usa


para escrever.


O desenvolvimento da competência de ler e escrever não é um processo que se encerra quando o aluno domina o sistema de escrita, mas se prolonga por toda a vida, com a crescente possibilidade de participação nas práticas que envolvem a língua escrita e que se traduz na sua competência de ler e produzir textos dos mais variados gêneros. Quanto mais acesso à cultura escrita, mais possibilidades de construção de conhecimentos sobre a língua. Isto explica o fato de as crianças com menos acesso a essa cultura serem aquelas que mais fracassam no início da escolaridade e, como já dissemos, as que mais necessitam de uma escola que ofereça práticas sociais de leitura e escrita.


A seguir, apresentamos os objetivos gerais, as expectativas de aprendizagem e orientações didáticas para o ensino de Língua Portuguesa e Matemática no Ciclo I e um quadro de avaliação


das aprendizagens.






LÍNGUA PORTUGUESA (Leitura, Escrita e Comunicação Oral)


OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA


(Leitura, Escrita e Comunicação Oral no Ciclo I)






O ensino da Língua nas quatro primeiras séries da escolaridade deve garantir que, no decorrer do Ciclo I, os alunos se tornem capazes de:


• Integrar uma comunidade de leitores, compartilhando diferentes práticas culturais de leitura e


escrita;


• Adequar seu discurso às diferentes situações de comunicação oral, considerando o contexto


e os interlocutores;


• Ler diferentes textos, adequando a modalidade de leitura a diferentes propósitos e às características


dos diversos gêneros;


• Escrever diferentes textos selecionando os gêneros adequados a diferentes situações comunicativas,


intenções e interlocutores.






EXPECTATI VAS DE APRENDIZAGEM


Os alunos, ao final da 1ª série do Ciclo I, deverão ser capazes de:






• Participar de situações de intercâmbio oral que requeiram ouvir com atenção e formular perguntas sobre o tema tratado;


• Planejar sua fala adequando-a a diferentes interlocutores em situações comunicativas do


cotidiano;


• Apreciar textos literários ;


• Recontar histórias conhecidas, recuperando algumas características da linguagem do texto


lido pelo professor;


• Ler, com ajuda do professor, diferentes gêneros (textos narrativos literários, textos instrucionais, textos de divulgação científica e notícias) apoiando-se em conhecimentos sobre o tema


do texto e as características de seu portador, do gênero e do sistema de escrita;


• Ler, por si mesmo, textos conhecidos, tais como parlendas, adivinhas, poemas, canções, travalínguas, além de placas de identificação, listas, manchetes de jornal, legendas, quadrinhos e


rótulos;


• Compreender o funcionamento alfabético do sistema de escrita, ainda que escreva com erros


ortográficos (ausência de marcas de nasalização, hipo e hipersegmentação, entre outros);


• Escrever alfabeticamente, ainda que com erros de ortografia, textos que conhece de memória


(o texto falado, e não a sua forma escrita), tais como parlendas, adivinhas, poemas, canções, trava-línguas, entre outros;


• Reescrever – ditando para o professor ou colegas e, quando possível, de próprio punho – histórias conhecidas, considerando as idéias principais do texto-fonte e algumas características da linguagem escrita;


• Produzir textos de autoria (bilhetes, cartas e instrucionais), ditando para o professor ou os


colegas e, quando possível, de próprio punho ;


• Revisar textos coletivamente com ajuda do professor .






Os alunos, ao final da 2ª série do Ciclo I, deverão ser capazes de:






• Participar de situações de intercâmbio oral que requeiram ouvir com atenção, formular e


responder perguntas, explicar e compreender explicações, manifestar opiniões sobre o assunto tratado;


• Apreciar textos literários ;


• Ler, por si mesmos, diferentes gêneros (textos narrativos literários, textos instrucionais, textos


de divulgação científica e notícias) apoiando-se em conhecimentos sobre o tema do texto e as características de seu portador, do gênero e do sistema de escrita;


• Ler, com ajuda do professor, textos para estudar os temas tratados nas diferentes áreas de


conhecimento (enciclopédias, informações veiculadas pela internet e revistas);


• Reescrever, de próprio punho, histórias conhecidas, considerando as idéias principais do


texto-fonte e algumas características da linguagem escrita;


• Produzir textos de autoria de próprio punho, utilizando recursos da linguagem escrita;


• Revisar textos coletivamente com a ajuda do professor ou em parceria com os colegas






Os alunos, ao final da 3ª série do Ciclo I, deverão ser capazes de:






• Participar de situações de intercâmbio oral que requeiram ouvir com atenção, intervir sem sair


do assunto tratado, formular e responder perguntas justificando suas respostas, explicar e compreender explicações, manifestar e acolher opiniões, fazer colocações considerando as falas anteriores;


• Apreciar textos literários;


• Selecionar, em parceria, textos em diferentes fontes para busca de informações ;


• Localizar, em parceria, informações nos textos apoiando-se em títulos e subtítulos, imagens e


negritos e selecionar as que são relevantes, utilizando procedimentos de estudo como copiar a informação que interessa, grifar e fazer anotações (em enciclopédias, informações veiculadas pela internet e revistas);


• Ajustar a modalidade de leitura ao propósito e ao gênero ;


• Reescrever e/ou produzir textos de autoria, com apoio do professor, utilizando procedimentos


de escritor: planejar o que vai escrever considerando a intencionalidade, o interlocutor, o portador e as características do gênero; fazer rascunhos; reler o que está escrevendo, tanto para controlar a progressão temática quanto para melhorar outros aspectos – discursivos ou notacionais – do texto;


• Revisar textos (próprios e de outros), coletivamente, com a ajuda do professor ou em parceria


com os colegas, do ponto de vista da coerência e da coesão, considerando o leitor;


• Revisar, coletivamente, com a ajuda do professor, textos (próprios e de outros) do ponto de


vista ortográfico.






Os alunos, ao final da 4ª série do Ciclo I, deverão ser capazes de:






• Participar de situações de intercâmbio oral que requeiram ouvir com atenção, intervir sem sair


do assunto tratado, formular e responder perguntas justificando suas respostas, explicar e compreender explicações, manifestar e acolher opiniões, argumentar e contra-argumentar;


• Planejar e participar de situações de uso da linguagem oral sabendo utilizar alguns procedimentos de escrita para organizar sua exposição ;


• Apreciar textos literários ;


• Selecionar os textos de acordo com os propósitos de sua leitura, sabendo antecipar a


natureza de seu conteúdo e utilizando a modalidade de leitura mais adequada ;


• Utilizar recursos para compreender ou superar dificuldades de compreensão durante a leitura


(pedir ajuda aos colegas e ao professor, reler o trecho que provoca dificuldades, continuar a leitura com intenção de que o próprio texto permita resolver as dúvidas ou consultar outras fontes);


• Reescrever e/ou produzir textos de autoria utilizando procedimentos de escritor: planejar o


que vai escrever considerando a intencionalidade, o interlocutor, o portador e as características do gênero; fazer rascunhos; reler o que está escrevendo, tanto para controlar a progressão temática quanto para melhorar outros aspectos – discursivos ou notacionais – do texto;


• Revisar textos (próprios e de outros), em parceria com os colegas, assumindo o ponto de


vista do leitor com intenção de evitar repetições desnecessárias (por meio de substituição ou uso de recursos da pontuação); evitar ambigüidades, articular partes do texto, garantir concordância verbal e nominal;


• Revisar textos (próprios e de outros) do ponto de vista ortográfico.






ORIENTA ÇÕES DIDÁTICAS PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA


(Leitura, Escrita e Comunicação Oral)






1. Práticas de Linguagem Oral


Para que as expectativas de aprendizagem dos alunos em relação às Práticas de Linguagem Oral possam ser concretizadas, é necessário que se planejem e organizem situações didáticas, tais como:


1.1. Rodas de conversa em que os alunos possam escutar e narrar fatos conhecidos ou relatar


experiências e acontecimentos do cotidiano. Nessas situações, é necessário garantir que os alunos possam expressar sensações, sentimentos e necessidades;


1.2. Saraus literários para que os alunos possam narrar ou recontar histórias, declamar poesias, parlendas e trava-línguas;


1.3. Apresentações em que os alunos possam expor oralmente um tema, usando suportes escritos, tais como roteiro para apoiar sua fala, cartazes, transparências ou slides;


1.4. Participação em debates, palestras e seminários;


1.5. Conversas em torno de textos que ajudem os alunos a compreender e distinguir características da linguagem oral e da linguagem escrita.


2. Práticas de Leitura


Para que as expectativas de aprendizagem dos alunos em relação às Práticas de Leitura possam ser concretizadas, é necessário que se planejem e organizem situações didáticas, tais como:


2.1. Leitura diária para os alunos de contos, lendas, mitos e livros de história em capítulos de forma a repertoriá-los ao mesmo tempo em que se familiarizam com a linguagem que se usa para


escrever, condição para que possam produzir seus próprios textos;


2.2. Rodas de leitores em que os alunos possam compartilhar opiniões sobre os livros e textos


lidos (favoráveis ou desfavoráveis) e indicá-los (ou não) aos colegas;


2.3. Leitura — pelos alunos — de diferentes gêneros textuais (em todas as séries do Ciclo) para dotá-los de um conhecimento procedimental sobre a forma e o modo de funcionamento de


parte da variedade de gêneros que existem fora da escola, isto é, para conhecerem sua forma e saberem quando e como usá-los;


2.4. Montar um acervo de classe com livros de boa qualidade literária para uso dos alunos tanto em sala de aula como para empréstimo. É a partir deste acervo que podem realizar as rodas


de leitores (ver 2.2);


2.5. Momentos em que os alunos tenham que ler histórias — para os colegas ou para outras classes — para que melhorem seu desempenho neste tipo de leitura e possam compreender a


importância e a necessidade de se preparar previamente para ler em voz alta;


2.6. Atividades em que os alunos consultem fontes em diferentes suportes (jornal, revista, enciclopédia etc.) para aprender a buscar informações;


2.7. Montar um acervo de classe com jornais, revistas, enciclopédias e textos informativos copiados da internet que sirvam como fontes de informação e como materiais de estudo e ampliação


do conhecimento, ensinando os alunos a utilizá-los e manuseá-los. Este acervo deve ser renovado em função dos projetos desenvolvidos na classe;


2.8. Atividades de leitura com diferentes propósitos (para se divertir, se informar sobre um assunto, localizar uma informação específica, realizar algo), propiciando que os alunos aprendam os


procedimentos adequados aos propósitos e gêneros;


2.9. Atividades em que os alunos, após a leitura de um texto, comuniquem aos colegas o que


compreenderam, compartilhem pontos de vista sobre o texto que leram e sobre o assunto e façam relação com outros textos lidos;


2.10. Leitura de textos, com o propósito de ler para estudar, em que os alunos aprendam procedimentos como reler para estabelecer relações entre o que está lendo e o que já foi lido, para


resolver uma suposta contradição ou mesmo para estabelecer a relação entre diferentes informações


veiculadas pelo texto, utilizando para isto anotações, grifos, pequenos resumos etc.


3. Análise e Reflexão sobre a Língua


Para que as expectativas de aprendizagem dos alunos em relação à Análise e Reflexão sobre a Língua possam ser concretizadas, é necessário que se planejem e organizem situações didáticas,


tais como:


3.1. Atividades de leitura para alunos que não sabem ler convencionalmente, oferecendo textos


conhecidos de memória – parlendas, adivinhas, quadrinhas, trava-línguas e canções – em que a tarefa é descobrir o que está escrito em cada parte, tendo a informação do que trata o texto (por exemplo: “Esta é a música ‘Pirulito que bate, bate...’”). Para isso, é necessário ajustar o falado ao que está escrito, verificando esse ajuste a partir de indícios (valor sonoro, tamanho das palavras, localização da palavra no texto etc.);


3.2. Atividades de escrita em que os alunos, com hipóteses não alfabéticas, sejam colocados para escrever textos que sabem de memória (o texto falado, não sua forma escrita), como parlendas,


adivinhas, quadrinhas, trava–línguas e canções. O objetivo é que os alunos reflitam sobre o sistema de escrita, como escrever (quantas e quais letras usar) sem precisar se ocupar do conteúdo a ser escrito;


3.3. Apresentação do alfabeto completo desde o início do ano em atividades em que os alunos


tenham que:


3.3.1. Recitar o nome de todas as letras apontando-as na seqüência do alfabeto e nomeá-las,


quando necessário, em situações de uso;


3.3.2. Associar as letras ao próprio nome e aos dos colegas;


3.4. Atividades em que os alunos tenham necessidade de utilizar a ordem alfabética em algumas de suas aplicações sociais, como no uso de agenda telefônica, dicionário, enciclopédias, glossários, guias e na organização da lista dos nomes dos alunos da sala;


3.5. Atividades de escrita em duplas em que os alunos, com hipóteses ainda não alfabéticas, façam uso de letras móveis. A mobilidade deste material potencializa a reflexão sobre a escolha


de cada letra. É interessante que o professor fomente a reflexão solicitando que os alunos justifiquem suas escolhas para os parceiros;


3.6. Atividades de reflexão ortográfica para os alunos que escrevem alfabeticamente. Para isso,


é necessário eleger quais correspondências irregulares e regulares serão objeto de reflexão, utilizando-se de diferentes estratégias, tais como ditado interativo, releitura com focalização, revisão (em dupla, grupo ou coletiva):


3.6.1. Para as irregulares, promover a discussão entre os alunos sobre a forma correta de


grafar tal palavra, tendo de justificar suas idéias. Em caso de impasse, consultar o professor ou o dicionário (de forma que os alunos, progressivamente, adquiram a rapidez necessária para consultá-lo e encontrar as palavras); estabelecer com os alunos um combinado sobre as palavras que não vale mais errar (por exemplo, as mais usuais), listá-las e afixá-las de forma que possam consultá-las, caso tenham dúvida);


3.6.2. Para as regulares, promover a discussão entre os alunos sobre a forma de grafar


determinada palavra; provocar dúvidas, tendo em vista a descoberta do princípio gerativo; sistematizar e registrar as descobertas dos alunos em relação às regras e usar o dicionário;


3.7. Atividades de reflexão sobre o sistema de pontuação a partir das atividades de leitura e análise de como os bons autores utilizam a pontuação para organizar seus textos:


3.7.1. Reescrita – coletiva ou em dupla – com foco na pontuação (discutir as diferentes


possibilidades);


3.7.2. Revisão de texto – coletiva ou em dupla – com foco na pontuação (discutir as decisões


que cada um tomou ao pontuar e por quê);


3.7.3. Observação do uso da pontuação nos diferentes gêneros (por exemplo, comparar contos


e reportagens), buscando identificar suas razões;


3.7.4. Pontuação de textos: oferecer texto escrito inteiramente em letra de imprensa minúscula,


sem os brancos que indicam parágrafo ou travessão, apenas os espaços em branco entre as palavras, para discutirem e decidirem a pontuação.


4. Práticas de Produção de Texto


Para que as expectativas de aprendizagem dos alunos em relação às Práticas de Produção de Texto possam ser concretizadas, é necessário que se planejem e organizem situações didáticas,


tais como:


4.1. Atividades em que os diferentes gêneros sejam apresentados aos alunos através da leitura


pelo professor, tornando-os familiares, de modo a reconhecer as suas diferentes funções e organizações discursivas;


4.2. Atividades em que o professor assuma a posição de escriba para que os alunos produzam um texto oralmente com destino escrito, levando-os a verificar a adequação do escrito do ponto de vista discursivo, relendo em voz alta e levantando os problemas textuais;


4.3. Atividades de escrita ou reescrita em duplas em que o professor orienta os papéis de cada um: quem dita, quem escreve e quem revisa, alternadamente;


4.4. Atividades de produção de textos definindo o leitor, o propósito e o gênero de acordo com a situação comunicativa;


4.5. Atividades de revisão de textos em que os alunos são chamados a analisar a produção do


ponto de vista da ortografia das palavras;


4.6. Atividades em que os alunos são convidados a analisar textos bem escritos de autores consagrados, com a orientação do professor, destacando aspectos interessantes no que se refere


à escolha de palavras, recursos de substituição, de concordância e pontuação e marcas que identificam estilos, reconhecendo as qualidades estéticas do texto;


4.7. Atividades em que os alunos revisem textos (próprios ou de outros), coletivamente ou em pequenos grupos, buscando identificar problemas discursivos (coerência, coesão, pontuação e repetições) a ser resolvidos, assumindo o ponto de vista do leitor;


4.8. Atividades para ensinar procedimentos de produção de textos (planejar, redigir rascunhos,


reler, revisar e cuidar da apresentação);


4.9. Projetos didáticos ou seqüências didáticas em que os alunos produzam textos com propósitos sociais e tenham que revisar distintas versões até considerarem o texto bem-escrito, cuidando da apresentação final.










QUADRO DE AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS






A avaliação deve ser um processo formativo contínuo, que não necessita de situações distintas das cotidianas. Portanto, o que aqui se apresentam são alguns critérios para que os professores possam melhor analisar e avaliar o que se passa na sala de aula, particularmente o avanço dos alunos em relação às expectativas de aprendizagem. Na primeira coluna de cada quadro estão as expectativas; na segunda, as atividades que devem fazer parte do planejamento semanal (conforme já indicado nas Orientações Didáticas); e, na última coluna, estão alguns tópicos que podem ser observados e que indicam se o aluno alcançou estas expectativas.


As situações propostas na segunda coluna são praticamente as mesmas ao longo das quatro séries. Isso ocorre porque o que deve variar é a complexidade do gênero textual abordado e o grau


de expectativa.


http://www.derbp.com.br/oficina_pedagogica_alfabetizacao.htm



 
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